Calos na língua; de calar.
Alguma coisa entre a piscina
e a pia.
Um hiato a menos.
sábado, 24 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
nem o que fiz por que quis me faz
fe liz ne me en tris te ce o
que fiz mas não quis nem me se duz
o que não fiz nem me con duz o
que jaz nem me a praz es se triz
nem o que des faz es se triz me
traz paz nem es sa paz tan to faz
nem tan to diz o que a voz faz
nem o que a voz diz vem só da
tez nem só de deus a mu dez nem
deus é só três nem se u sa a
mes ma luz mais de u ma vez
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
O andarilho
Quem alcançou em alguma medida a liberdade da razão, não pode se sentir mais que um andarilho sobre a Terra - e não um viajante que se dirige a uma meta final: pois esta não existe. Mas ele observará e terá olhos abertos para tudo quanto realmente sucede no mundo; por isso não pode atrelar o coração com muita firmeza a nada em particular; nele deve existir algo de errante, que tem alegria na mudança e na passagem. Sem dúvida esse homem conhecerá noites ruins, em que estará cansado e encontrará fechado o portão da cidade que lhe deveria oferecer repouso; além disso, talvez o deserto, como no oriente, chegue até o portão, animais de rapina uivem ao longe e também perto, um vento forte se levante, bandidos lhe roubem os animais de carga. Sentirá então cair a noite terrível, como um segundo deserto sobre o deserto, e o seu coração se cansará de andar. Quando surgir então para ele o sol matinal, ardente como uma divindade da ira, quando para ele se abrir a cidade, verá talvez, nos rostos que nela vivem, ainda mais deserto, sujeira, ilusão, insegurança do que no outro lado do portão - e o dia será quase pior do que a noite. Isso bem pode acontecer ao andarilho; mas depois virão, como recompensa, as venturosas manhãs de outras paragens e outros dias, quando já no alvorecer verá, na neblina dos montes, os bandos de musas passarem dançando ao seu lado, quando mais tarde, no equilíbrio de sua alma matutina, em quieto passeio entre as árvores, das copas e das folhagens lhe cairão somente coisas boas e claras, presentes daqueles espíritos livres que estão em casa na montanha, na floresta, na solidão, e que, como ele, em sua maneira ora feliz ora meditativa, são andarilhos e filósofos. Nascidos dos mistérios da alvorada, eles ponderam como é possível que o dia, entre o décimo e o décimo segundo toque do sino, tenha um semblante assim puro, assim tão luminoso, tão sereno-transfigurado: -eles buscam a filosofia da manhã.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
"-quase como um daqueles super acontecimentos astronômicos malucos, quando um planeta gira no espaço sideral sem nenhum motivo, e seu núcleo incandescente se modifica, reposicionando seus planos e alterando radicalmente seu formato, de tal modo que a massa inteira do planeta se torna subtamente oblonga em vez de esférica. Alguma coisa assim... "
quarta-feira, 29 de junho de 2011
"A verdadeira sabedoria fornece a única resposta possível para determidado intante e, naquela noite, voltar para a cama era a única reposta possível. Volte para a cama, disse aquela voz interior onisciente, porque você não precisa saber a resposta final nesta instante, às três horas da manhã de uma quinta-feira de Novembro. Volte para a cama, porque a única coisa que você precisa fazer por enquanto é descansar um pouco e cuidar bem de si mesma até saber a reposta. Volte para a cama para que, quando a tempestade chegar, você esteja forte o suficiente para lidar com ela. E a tempetade vai chegar, meu bem. Mas não esta noite.
Portanto:
Volte para a cama, Liz"
Portanto:
Volte para a cama, Liz"
terça-feira, 28 de junho de 2011
"Eu literalmente quero dizer que foi o meu coração quem disse isso, falando pela minha boca. Senti uma estranha divisão de mim mesma, e minha mente saiu do meu corpo por um instante, virou-se de frente para o meu coração, atônita, e perguntou silenciosamente: 'Quer mesmo?'
'quero, respondeu meu coração'. 'Quero sim'.
Então minha mente perguntou a meu coração, com uma pontinha de sarcasmo: 'Desde quando?'
'quero, respondeu meu coração'. 'Quero sim'.
Então minha mente perguntou a meu coração, com uma pontinha de sarcasmo: 'Desde quando?'
domingo, 22 de maio de 2011
O grande poeta e filósofo sufista Rumi certa vez aconselhara seus discípulos a escrever as três coisas que mais queriam na vida. Se qualquer item dessa lista estivesse em conflito com outro, avisava Rumi, o autor estava fadado à infelicidade.
[...]
Eu queria aquilo que os gregos chamavam de kalos kai agathos, o perfeito equilíbrio do bom e do belo.
[...]
'Quatro pés no chão, uma cabeça cheia de folhagem, olhar para o mundo através do coração..."
[...]
Eu queria aquilo que os gregos chamavam de kalos kai agathos, o perfeito equilíbrio do bom e do belo.
[...]
'Quatro pés no chão, uma cabeça cheia de folhagem, olhar para o mundo através do coração..."
terça-feira, 3 de maio de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
"[...] e, quando você sente um tênue potencial de felicidade depois de épocas tão sombrias, precisa agarrar essa felicidade com todas as suas forças, e não soltá-la até ela arrastar você para fora da lama - não se trata de egoísmo, mas sim libertação. Você recebeu a vida; é seu dever (e também seu direito como ser humano) encontrar alguma coisa de belo nessa vida, por mais ínfima que seja."
Instruções para a liberdade
1. As metáforas da vida são as instruções de Deus.
2. Você acaba de subir até o topo do telhado. Não há nada entre você e o infinito. Agora liberte-se.
3. O dia está terminando. É hora de alguma coisa que foi bonita se transformar em outra coisa que também seja bonita. Agora liberte-se.
4. O seu desejo de resolução foi uma prece. O fato de você estar aqui é a resposta de Deus. Liberte-se e veja as estrelas surgirem do lado de fora e do lado de dentro.
5. Com todo seu coração, peça a graça e liberte-se.
6. Com todo seu coração, perdoe-o, perdoe a si mesma e liberte-o.
7. Permita que sua intensão seja a liberdade do sofrimento inútil. Então, liberte-se.
8. Veja o calor do dia se transformar em noite fresca. Liberte-se.
9. Quando o carma de um relacionamento termina, resta apenas o amor. É seguro. Liberte-se.
10. Quando o passado finalmente tiver saído de você, liberte-se. Depois desça e comece o resto da sua vida. Com grande alegria.
2. Você acaba de subir até o topo do telhado. Não há nada entre você e o infinito. Agora liberte-se.
3. O dia está terminando. É hora de alguma coisa que foi bonita se transformar em outra coisa que também seja bonita. Agora liberte-se.
4. O seu desejo de resolução foi uma prece. O fato de você estar aqui é a resposta de Deus. Liberte-se e veja as estrelas surgirem do lado de fora e do lado de dentro.
5. Com todo seu coração, peça a graça e liberte-se.
6. Com todo seu coração, perdoe-o, perdoe a si mesma e liberte-o.
7. Permita que sua intensão seja a liberdade do sofrimento inútil. Então, liberte-se.
8. Veja o calor do dia se transformar em noite fresca. Liberte-se.
9. Quando o carma de um relacionamento termina, resta apenas o amor. É seguro. Liberte-se.
10. Quando o passado finalmente tiver saído de você, liberte-se. Depois desça e comece o resto da sua vida. Com grande alegria.
"As escrituras iogues dizem que Deus reage às preces sagradas e aos esforços dos seres humanos, qualquer quer seja a maneira como os mortais decidem venerá-lo - contanto que as preces sejam sinceras. Como sugere uma linha dos Upanishads: "As pessoas seguem caminhos diferentes, retos ou tortuosos, de acordo com seu temperamento, dependendo daquilo que julgam ser melhor, ou mais apropriado - e todas alcançam Você, da mesma forma que os rios desaguam no oceano."
"Ketut prosseguiu explicando que os balineses acreditam que cada um de nós quando nasce vem acompanhado de quatro irmãos invisíveis, que vêm ao mundo conosco e que nos protegem durante a vida. Quando a criança está no útero, seus quatro irmão estão lá também - são representados pela placenta, pelo líquido amniótico, pelo cordão umbilical e pela substância amarela e sebenta que protege a pele do bebê. Quando o bebê nasce, os pais recolhem o máximo possível dessas substâncias externas relacionadas ao nascimento, depositam-nas dentro de um coco vazio e enterram-nas junto à porta da frente da casa da família. Segundo os balineses, esse coco sagrado é o local sagrado de descanso dos quatro irmãos que não nasceram, e esse lugar é cuidado para sempre, como um santuário.
Desde que começa a adquirir consciência, a criança aprende que esses quatro irmãos a acompanham no mundo aonde quer que vá, e que eles sempre cuidarão dela. Os irmãos encarnam as quatro virtudes de que uma pessoa necessita para ter segurança e felicidade na vida: inteligência, amizade, força e (adoro esta) poesia. Os irmãos podem ser chamados em qualquer situação crítica para resgatar e ajudar.
Quando você morre, seus quatro irmãos espirituais recolhem sua alma e levam você para o céu.
Desde que começa a adquirir consciência, a criança aprende que esses quatro irmãos a acompanham no mundo aonde quer que vá, e que eles sempre cuidarão dela. Os irmãos encarnam as quatro virtudes de que uma pessoa necessita para ter segurança e felicidade na vida: inteligência, amizade, força e (adoro esta) poesia. Os irmãos podem ser chamados em qualquer situação crítica para resgatar e ajudar.
Quando você morre, seus quatro irmãos espirituais recolhem sua alma e levam você para o céu.
"-Conheço uma cura para coração partido - disse ela. Com a autoridade e a desenvoltura de um médico, Wayan enumerou com os dedos os seis elementos de seu tratamento infalível para a Cura de um Coração Partido.
- Vitamina E, dormir bastante, beber bastante água, viajar para um lugar bem longe da pessoa que você amou, meditar e ensinar a seu coração que isso é o destino."
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
"O amor não deveria ser exigente; senão, ele perde as asas e não pode voar; torna-se enraizado na terra e fica muito mundano. Então, ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento. O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele. Ele deveria estar presente por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado. Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo; o motivo se torna sua definição, sua fronteira. Um amor não motivado não tem fronteiras: é pura alegria, exuberância, é a fragrância do coração."
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério
A quatro mãos escrevemos o roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre no levamos
a sério.
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério
A quatro mãos escrevemos o roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre no levamos
a sério.
Fruto de enganos ou de amor,
nasço de minha própria contradição.
O contorno da boca,
a forma da mão, o jeito de andar
(sonhos e temores incluídos)
virão desses que me formaram.
Mas o que eu traçar no espelho
há de se amar também
segundo o meu desejo.
Terei meu par de asas
cujo vôo se levanta desses
que me dão a sombra onde eu cresço
- como, debaixo da árvore,
um caule
e sua flor
nasço de minha própria contradição.
O contorno da boca,
a forma da mão, o jeito de andar
(sonhos e temores incluídos)
virão desses que me formaram.
Mas o que eu traçar no espelho
há de se amar também
segundo o meu desejo.
Terei meu par de asas
cujo vôo se levanta desses
que me dão a sombra onde eu cresço
- como, debaixo da árvore,
um caule
e sua flor
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
"Ainda que a gente nem perceba, tudo é avanço e transformação, acúmulo de experiencia, dores do parto de nós mesmos, cada dia refeito.
Somos melhores do que imaginamos ser.
Que no espelho posto à nossa frente na hora de nascer a gente ao fim tenha projetado mais do que um vazio, um nada, uma frustração: um rosto pleno, talvez toda uma paisagem vista das varandas da nossa alma."
"Palavras gastam-se como pedras de rio, mudam de forma e significado, de lugar, algumas desaparacem, vão ser lama de leito das águas. Podem até reaparecer renovadas mais adiante.
Felicidade é uma delas.
Banalizou-se porque vivemos numa época de vulgarização de grandes emoções e desejos, tudo fast food, prêt-à-porter, pronto para o microondas, fácil e rápido... e tantas vezes anêmico."
é descoberta e assombro, glória ou danação de cada um."
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Amar
[...]
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Extravio
Era uma vez uma via
que fez-se em mil maravilhas
num dia lindo de vez...
Talvez, pra minha alegria
- coisa que nunca se viu! –
na via que vi havia
o céu que eu tanto queria
com fogo de cio na tez.
E eu vi que a via me via
vestida em mil amavios
visando a minha avidez...
E quando investi meus navios
a via ainda me riu
e delindo, linda, desfez-se.
que fez-se em mil maravilhas
num dia lindo de vez...
Talvez, pra minha alegria
- coisa que nunca se viu! –
na via que vi havia
o céu que eu tanto queria
com fogo de cio na tez.
E eu vi que a via me via
vestida em mil amavios
visando a minha avidez...
E quando investi meus navios
a via ainda me riu
e delindo, linda, desfez-se.
Inapagável Apego
Apesar desta distância que nos tolhe
E da falta de teus braços, que me esfriam
Eu te afago tatuada na memória
E o fogo que respondes acaricia...
Teus olhos sagitais inda me atingem
E me fingem uma anti-última alegria...
E da falta de teus braços, que me esfriam
Eu te afago tatuada na memória
E o fogo que respondes acaricia...
Teus olhos sagitais inda me atingem
E me fingem uma anti-última alegria...
Sustentação
Nestes dias de sol alto demais
a tristeza viceja no meu rosto.
Sou sintomas de luz esburacada
olhos sujos de cenas que não gosto.
Há lembranças dum sonho de herói
que forçaram ir rasgando aos poucos.
Assim mesmo disfarço que suporto
inventar de buscar a minha sorte
calo calos de mágoas que me mordem
respirando este tempo que me dói
pra fugir de ficar a fim da morte.
a tristeza viceja no meu rosto.
Sou sintomas de luz esburacada
olhos sujos de cenas que não gosto.
Há lembranças dum sonho de herói
que forçaram ir rasgando aos poucos.
Assim mesmo disfarço que suporto
inventar de buscar a minha sorte
calo calos de mágoas que me mordem
respirando este tempo que me dói
pra fugir de ficar a fim da morte.
Chegar aonde festejas!
Por tanto que te desejo
Pareço quem te conhece
Quem sabe onde começas
E cresce onde festejas
Quer quer ser teu endereço
E estar onde quer que estejas...
Nos penso cheios de ardores
Te lembro, sinto que adejo
Te almejo de Maio a Maio
Eu ensaio que te alvejo...
Te faço feixes de amores
E te deixo mantos de beijos.
Pressinto-te, a té latejo
Onde florindo retardas...
Lá onde guardas meus beijos
Onde teus beijos me aguardam!
Pareço quem te conhece
Quem sabe onde começas
E cresce onde festejas
Quer quer ser teu endereço
E estar onde quer que estejas...
Nos penso cheios de ardores
Te lembro, sinto que adejo
Te almejo de Maio a Maio
Eu ensaio que te alvejo...
Te faço feixes de amores
E te deixo mantos de beijos.
Pressinto-te, a té latejo
Onde florindo retardas...
Lá onde guardas meus beijos
Onde teus beijos me aguardam!
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
A fome do primeiro grito
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
desejasse.
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há um tempo.
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
De Júbilo Memória Noviciado da Paixão (1974)
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
"Quanto a mim, só sou verdadeiro quando estou sozinho. Quando eu era pequeno pensava que de um momento para o outro eu cairia para fora do mundo. Por que as nuvens não caem, já que tudo cai? É que a gravidade é menor que a força do ar que as levanta. Inteligente, não é? Sim, mas caem um dia em chuva. É a minha vingança.
"(Mas quem sou eu para censurar os culpados? O pior é que preciso perdoá-los. É necessário chegar a tal nada que indiferentemente se ame ou não se ame o criminoso que nos mata. Mas não estou seguro de mim mesmo: preciso perguntar, embora não saiba a quem, se devo mesmo amar aquele que me trucida e perguntar quem de vós me trucida. E minha vida, mais forte do que eu, responde que quer porque quer vingança e responde que devo lutar como quem se afoga, mesmo que eu morra depois. Se assim é, que assim seja)."
"Ela estava enfim livre de si e de nós. Não vos assusteis, morrer é um instante, passa logo, eu sei porque acabo de morrer com a moça. Desculpai-me esta morte. É que não pude evitá-lá, a gente aceita tudo porque já beijou a parede. Mas eis que de repente sinto o meu último esgar de revolta e uivo: o morticínio dos pombos!!! Viver é luxo.
Pronto, passou.
Morta, os sinos badalavam mas sem que seus bronzes lhes dessem som, Agora entendo esta história. Ela é a iminência que há nos sinos que quase-quase badalam.
A grandeza de cada um."
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