sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro, sou definida e clara como o jarro com a bacia de ágata no canto do quarto - se tomada com cuidado, verto água límpida sobre as mãos para que se possa refrescar o rosto mas, se tocada por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada.


.Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 4 de junho de 2010

*

* Não dever ao devir.
* Não deixar escoar a dor!
* Nunca deixar de ouvir...
(com outros olhos)

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