sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro, sou definida e clara como o jarro com a bacia de ágata no canto do quarto - se tomada com cuidado, verto água límpida sobre as mãos para que se possa refrescar o rosto mas, se tocada por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada.


.Caio Fernando Abreu

domingo, 10 de abril de 2011

"[...] e, quando você sente um tênue potencial de felicidade depois de épocas tão sombrias, precisa agarrar essa felicidade com todas as suas forças, e não soltá-la até ela arrastar você para fora da lama - não se trata de egoísmo, mas sim libertação. Você recebeu a vida; é seu dever (e também seu direito como ser humano) encontrar alguma coisa de belo nessa vida, por mais ínfima que seja."

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