sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro, sou definida e clara como o jarro com a bacia de ágata no canto do quarto - se tomada com cuidado, verto água límpida sobre as mãos para que se possa refrescar o rosto mas, se tocada por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada.
.Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
"Nada há a temer, porque nada temos a perder. Tudo o que pode ser roubado de você não tem valor. Portanto, por que temer, por que susupeitar, por que duvidar?"
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